quinta-feira, 20 de outubro de 2011

ponto e virgula ;

eu queria dizer que não está bom; me perdoa por não saber viver sem você? que que isso tá patético demais. Talvez a gente possa conversar, eu ainda te amo para de tanta loucura pelo amor de Deus, rescrever como te pedir perdão eu não sei, não sei como penso nisso, muito menos o que penso, não sei porque o fiz, não sei do que eu me arrependi, e não sei do que você se magoou, só sei que esse silêncio fúnebre me assusta, e os seus lábios não parecem atraentes quando trémulos de dor. Eu queria ouvir a sua voz, pelo menos por dois segundos que fossem, dois segundos que me fizessem voltar a dezembro, quando o ar puro enchia nossos pulmões, e te fazia respirar o mesmo aroma doce que eu inalava. Queria que os teus vícios não estivessem acima de mim, que a dor que você sente pela abstinência da droga não fosse maior que o amor que você sente por mim, queria que não tivesse existido uma pausa; uma longa pausa. Algo maior que uma virgula, mas não tão duro quanto um ponto final. Nem mesmo um ponto final cesária o amor que tenho por ti. Talvez por isso que eu goste tanto dos pontos e virgulas quando juntos, um sobre o outro, como nós! Você é o ponto, e eu sou a virgula, você encerra os meus sonhos e eu sou somente os pequenos espaços entre o tempo que você não passa alucinado e louco e o tempo que você passa lúcido e amável. Você passa por mim, e me deixa passar, e não se importa em me ver passando, e não se treme quando me ver de longe, de costas; e não sente o mesmo vazio que eu sinto, e não ouve o silêncio fúnebre que eu tanto temo. Você corta os meus sonhos sem me dar chance de recomeço, mas mesmo assim eu recomeço, porque o meu amor não tem ponto, somente outro ponto acompanhado de mais dois pontos, uma fileira com três pontos! Mas porque três? Porque somente dois não bastam? Nunca bastam. Dois pontos sempre vêm acompanhados de alguma coisa, e três parece um infinito de amor sem fim. Redundante? Talvez. Foda-se; a vida é redundante. Ela insiste em me dizer com todos os pontos, virgulas, palavras e letras sem sentido algum que o único sentido que eu realmente preciso é você. A única ordem lógica que o meu cérebro reconhece é aquela que segue dos seus lábios até o seu zíper, e mais três pontos sem fim. Me deixa ser a pausa mais longa da tua vida, me deixa ser todo o teu texto e não somente os espaços para respirar entre eles, eu quero me sentir como o conteúdo, e enquanto eu não o for, dois pontos só não vão me bastar. E eu vou querer outro ponto, e você vai continuar encerrando os meus sonhos, e eu vou continuar não sabendo como te pedir desculpas por insistir novamente em te amar. Até que se acabe sem pontos e sem nada

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